"Só vivendo em sociedade o homem pode isolar-se, ele não poderia isolar-se se não vivesse em sociedade. Até o isolamento se torna possível graças à sociedade."
Lido em Luciano Gruppi citando Karl Heinrich Marx
É da sociedade que às vezes imana aquela vontade de se isolar. Às vezes só queremos nos isolar, porque no fundo sabemos que o mundo, as coisas, continuaram em movimento, independente de você ou não. Ando pensando se pensar assim é bom, ou ruim.
"Os jovens, mercê do caráter, são propensos aos desejos e capazes de fazer o que desejam. Entre os desejos do corpo, a principal inclinação é para os desejos amorosos, e não conseguem dominá-los. São inconstantes e depressa se enfastiam do que desejaram; se desejam intensamente, depressa cessam de desejar. Suas vontades são violentas, mas sem duração, exatamente como os acessos de fome e de sede dos doentes."
Lido em "Caráter dos Jovens" de Aristóteles
Me sinto mais calmo, sabendo que Aristóteles viveu entre 384-322 a.C., e já afirmava tudo isso sobre ser jovem, enfim minhas inconstâncias são normais e há séculos. A felicidade está em ser capaz de fazer o que deseja e essas vontades serem violentas. Por enquanto estou na fase de não conseguir dominá-las, que para mim é o melhor na minha interpretação desta frase aristotélica.
E a cidade não tinha livraria,
mas os livros que em nossa vida entraram são como a radiação de um corpo negro, apontando pra expansão do Universo. Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso (e, sem dúvida, sobretudo o verso) é o que pode lançar mundos no mundo. Os livros são objetos transcendentes, mas podemos amá-los do amor táctil. Domá-los, cultivá-los em aquários
em estantes, gaiolas, em fogueiras. Ou – o que é muito pior – por odiarmo-los, podemos simplesmente escrever um:
encher de vãs palavras muitas páginas e de mais confusão as prateleiras.